segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
Desfazeres-te nos meus lábios, dissolveres-te como sal em bruto
Sabes que não sou de palavras doces, são-me surdas, parecem-me mudas, mortas. Os músculos contraídos não me permitem normalmente, expressar o que quero reflectir, dizem ser problemas de expressão.
Mas não me importo que olhes, que me cuides ao tocar, que me aqueças com o teu sorriso.
Desfaço-me na sinceridade que o álcool me traz ao sangue, traz-me a língua morta em tempos sãos, e faz-me desdobrar o ser, traz-me o coração à boca, traz-me a alma dissipada aos olhos, por saber, que é contigo que quero passar, as noites frias em que bebo para aquecer e para continuar a falar as coisas que a sanidade não me permite desabafar.
E saber que ainda assim, poderei viver nos teus olhos, por tempo indeterminado.
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